quarta-feira, 30 de setembro de 2009

DEU VONTADE


Gostaria de viajar mais de bike. Infelizmente, minha mulher não pedala e nem sempre é fácil encontrar amigos dispostos a encarar dias de cicloturismo. Mesmo assim, tinha nos planos duas cicloviagens clássicas: Caminho da Fé, entre Descalvado (SP) e Aparecida (SP), e Estrada Real, de Diamantina (MG) até Paraty (RJ).

Agora são três. A coluna do Paulinho de Tarso (Sampa Bikers) na revista Bike Action deste mês traz a primeira parte de uma viagem entre Joanópolis (SP) e Penedo (RJ), desbravando a Serra da Mantiqueira. São 500 km de pedal, com altitudes de até 2.000 m, a serem percorridos em cerca de 10 dias. Conheço algumas das regiões do roteiro e sei que são perfeitas para cicloturismo.

MOLHO


Ontem começou inflamar e hoje está um caos. Minha garganta foi para o espaço e começou um resfriado junto. Culpa dessa mudança de tempo. Agora é molho até curar. Pior é que vou para Serra Negra sexta à noite e levaria minha MTB. Pode esquecer. Em maio, eu estava exatamente do mesmo jeito e nem dei bola. Fui para a fazenda, pedalei um monte e hidratei com Brahma. Na semana seguinte, a gripe me jogou na lona e até para o hospital tive que ir.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

DE VOLTA AOS TREINOS


Fim das férias, retorno aos treinos. Desde ontem, faço meus pedais de 1h pela cidade no finzinho da madrugada. Treino é modo de falar, pois não participo de provas. No entanto, levo a sério e não falho um dia. Pedalo entre 30 e 35 km por dia. Meu objetivo é andar forte e fazer rolês cada vez mais longos nos fins de semana.

Prefiro este horário louco por não ter trânsito, o que me permite médias de velocidade maiores, além das temperaturas serem mais amenas. Fora isso, começo meu dia a mil por hora, totalmente desperto. Vou trabalhar ligadão. Bom demais! A rotina é mais ou menos essa:


Segunda-feira: descanso

Terça e quinta-feira: subidas

Quarta-feira: sprints

Sexta-feira: ritmo moderado no plano

Sábado: entre 70 e 80 km de trilhas (MTB)

Domingo: entre 70 e 120 km de pista (road/speed)

sábado, 26 de setembro de 2009

PRÓXIMO UPGRADE

Já está escolhido. Specialized Stumpjumper FSR Pro. Agora, quando virá, não sei ($$$$).


sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A FROTA

É, dá para perceber que sou um viciado em bikes. Um cara que tem cinco não pode ser muito normal. Pelo menos é um vício saudável.

MONARK 10 1978. Era do meu pai e restaurei no ano passado. Originalmente era prata, mas ele escolheu vermelho. Quando moleque, andava prá cima e prá baixo com ela. Até trilha já fiz. Ela ainda precisa de algumas melhorias, como as rodas. Seu aros são de aço, os raios estão fracos e os cubos têm uma folga crônica. Fica na casa dos meus pais. Tem relação Shimano, com câmbio traseiro RS e dianteiro FE.


SPECIALIZED ALLEZ ELITE 2006. Essa é minha road/speed. Comprei em março de 2009, seminova, convencido pelo meu grande amigo Adriano. Foi um achado. Estava rodando as bikeshops pesquisando uma road nova, que planejava comprar só no meio do ano. Passei na Elite Bikes e topei com essa e por um preço totalmente excelente. Daí não teve jeito. Pelo estado dos pneus, freios, pedivela e fita do guidão, o dono anterior não deve ter rodado 500 km com ela. Estou curtindo muito. Anda uma barbaridade e melhora meu condicionamento a cada dia. Tem rodas Mavic Akisium Race, grupo Shimano 105 18v e pedivela FSA Gossamer e componentes Specialized. Está com 2.300 km rodados.

GIANT XTC TEAM 2006. Essa mountain bike "começou" em 2005, quando comprei uma Caloi Elite Pro 21v. Alguns meses depois começaram os upgrades, que terminaram só em julho de 2009, quando troquei suspensão, câmbio dianteiro e pedivela. Daquela Caloi não sobrou nada. Rodas Alexrims TD17 Disc, relação Shimano Deore XT, com trocadores e freios Deore LX, suspensão Manitou R7 Super, selim Selle Italia XO e componetes FSA. Hoje está do jeito que eu quero. Bem, um quadro full ficaria melhor. Quem sabe um Specialized Stumpjumper? Tem 11.200 km.


CANADIAN X-TERRA 2004. Essa é minha híbrida, na verdade uma MTB com relação de speed, garfo rígido e pneus 26 x 1.5 sem cravos. É "pau prá toda obra". Treino todo dia com ela na cidade. Creio que ela está em uma configuração ideal para uso urbano. A relação de speed dá velocidade nas avenidas. Os pneus mais finos idem e encaram bem a buraqueira. E o quadro e guidão de MTB permitem uma agilidade maior no trânsito e uma posição de pilotagem mais relaxada. Foi montada com as sobras de peças dos upgrades da MTB. Tem rodas Vzan Action (originais daquela Caloi Elite), cubos, câmbio traseiro, cassete e trocadores Shimano Deore, câmbio dianteiro Shimano SIS, pedivela Sugino de speed, selim Calypso e componentes GTS. Já passou dos 25.000 km


GIANT TOURER 1994. Sou fiel depositário dessa magrela e uso para ir ao trabalho (1 km de casa). Ela estava abandonada na garagem de um amigo. Resgatei-a e bastou uma limpeza completa para voltar a rodar. Veio da Holanda, quando o irmão desse amigo morou por lá, em meados da década de 1990. Até o adesivo da bikeshop em Eindhoven no paralama traseiro ela tem. Sua configuração é interessante. É uma ciclocross de cromo com guidão de MTB e mesa de altura regulável, paralamas e bagageiro. Farol e lanterna traseira são movidos por um dínamo. Delícia de andar, conforto total. Mas não aceita uma pedalada mais forte. É só passeio. Vai bem na cidade e no cicloturismo. Grupo Shimano Alivio, com câmbio traseiro Shimano STX e componetes Giant.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

CICLOVIAGEM CAMPINAS - SERRA NEGRA

Férias. Tempo de sobra para fazer uma das coisas que mais gosto: pedalar. Resolvi fazer uma cicloviagem de mountain bike que planejava há tempos. Sair de Campinas rumo a Serra Negra, ficar hospedado na fazenda de um tio e circular por toda a região.

Muito embora já conheça os locais por onde passei, com tempo de sobra e cabeça livre sempre é mais bacana. E sempre tiro férias na primavera, que tem um clima seco e não tão quente, perfeito para pedalar. Se bem que este ano...

PRIMEIRO DIA - 17/09/2009

Saí de casa às 06:11 h. Sempre preferi pedalar no começo da manhã para evitar o sol forte. Segui rumo a Sousas e Joaquim Egídio, passando por Arcadas e Amparo. Foram 54 km. De lá, peguei a SP-352, sentido Itapira, 16 km de asfalto. Mais 6 km de terra pela SP-105 e cheguei ao destino. Total de 76 km com subida a dar com pau!

Tive dois pneus furados pela fita de aro, que estava meio dobrada. Na primeira vez, remedei a câmara traseira e a maledeta vazou assim que a montei. A segunda vez, chegando em Arcadas, furou a dianteira. Passei em uma loja de material de construção em Amparo e comprei um rolo de fita isolante 3M, das boas. Se furasse de novo, ia picar a fita de aro e mandar a isolante no lugar.

Não precisou, pois não furou mais. Mas perdi quase 1 h neste demonta-monta. Cheguei 11:30 h na fazenda, sob um sol de rachar.

Sofri um pouco com a minha mochila de hidratação grandona. Mesmo levando quase nada de bagagem, ela incomodou. Não sei se é o modelo, pois quando viajei de bike para Pedra Bela, em 2005, fui com outra mochila e não tive problemas.




Subindo a Prodome, entre Sousas e Joaquim Egídio

A tradicional Igrejinha de Joaquim

Rio Jaguari

Primeiro pneu furado

Chegando em Arcadas. Segundo pneu furado minutos depois da foto


Cheguei


"Acampamento base"




SEGUNDO DIA - 18/09/2009

Como estava sem câmara reserva e com poucos remendos, resolvi não ir muito longe. Além do que, minha esposa chegaria pelo meio da manhã. Segui sentido Itapira, por uma estrada que sai de trás da fazenda. O relevo ali é melhor, com subidas curtas. O visual é bem legal, com vários sítios e plantações de café. Pois é, querendo rodar pouco, acabei me empolgando e fiz 60 km.

Saindo da fazenda

Café

Últimas horas de sol

Fazenda bacanuda em Itapira


TERCEIRO DIA - 19/09/2009


Esse foi "o" dia. Na tarde do dia anterior, o tempo começou a fechar. A previsão avisara que uma frente fria estava a caminho. Dito e feito: amanhaceu com uma leve garoa. Meus planos eram de ir até Socorro neste dia, um pedal longão (100 km ida e volta) que obrigava tempo bom.

A chuva deu uma parada e resolvi ir até Lindóia, um rolê de 40 km no total e relativamente rápido. Saí com alguns pingos minguados e solo úmido, do jeito que gosto. Não é encharcado, que segura a bike e suja tudo, nem seco, que sobe poeirão e escorrega. Aderência excelente e nada de imundice.

O caminho que escolhi sobe por uma serra de visual maravilhoso. Você sai de 760 metros de altitude e vai a 1150 m em 5 km, com um vale de cada lado. Só que havia neblina no vale da esquerda. E esta neblina chegou com força total quando estava no topo. Em coisa de um minuto, ela tomou a estrada e a chuva apertou. Eu não conseguia enxergar 10 metros à minha frente. Impressionante!! E um downhill de 5 km nestas condições me esperava.

Bom, apesar de ter perdido um mirante de onde se vê Lindóia e Águas de Lindóia e do barro que subiu para a minha cara e roupa, desci feito um louco. E valeu! Cheguei lá embaixo imundo e com um sorriso de orelha a orelha. Mountain bike é isso!

Voltei sob chuva. A relação ficou crocante, o trocador do câmbio traseiro ficou uma pedra por culpa do conduíte lotado de sujeira, o ciclocomputador parou de funcionar, tinha esquecido câmara reserva e bomba em casa e por aí vai.

Cheguei e fui dar um trato na bike. Para hidratar, Skol latinha. Logo depois, churrasco.

Início da escalada

O vale da direita e...

...o vale da esquerda com a neblina

Neblina que foi chegando...

...e, junto com a chuva, tomou tudo em um minuto!

Acredite: deste ponto se vê Lindóia e Águas de Lindóia


QUARTO DIA - 20/09/2009

O tempo estava uma lástima. Para não repetir o dia anterior, rodei 20 km nas cercanias da fazenda por cerca de 1 h e não peguei chuva. Também queria me poupar para o dia seguinte, quando iria para Monte Alegre do Sul.


QUINTO DIA - 21/09/2009

Nada como começar uma segunda-feira com um pedal promissor. O tempo limpou e saí às 05:55 h rumo a Monte Alegre do Sul. São duas serrinhas casca grossa até lá, mas o visual é demais. Passei por uma Serra Negra fantasma, com quase ninguém nas ruas. E fui subindo, subindo, descendo, descendo e subindo e descendo. Cheguei em Monte Alegre, bebi água nas inúmeras fontes e fui encarar o paredão da volta. E que parede! Mas foi um pedal excelente, de 73 km

Minha intenção era retornar de Serra Negra para Campinas na terça-feira, dia 22/09, o Dia Mundial Sem Carro. Mas a previsão era de chuva, eu já estava de saco cheio de ficar na fazenda e minha coxa esquerda estava doendo. Enfim, seria uma roubada encarar mais 76 km. Voltei de carro com minha esposa na segunda-feira à tarde. Da estrada, se via uma nuvem negra sobre Campinas. Nem passei em casa e já deixei a bike na oficina para uma lavagem/revisão completa. E o pneu dianteiro chegou murcho. Fita do aro? Talvez... O que importa é que não precisei trocar.

Não consegui ir até Socorro e retornar a Campinas por conta da chuva. Dos 400 e poucos km previstos, rodei 270. Pela quantidade de subida que peguei, a média até que foi boa: 19 km/h. Bendita speed que comprei em março. Dá um condicionamento físico excelente. Fica a dica.


Alto da primeira serra. O Vale do Sol tomado pela neblina

Monte Alegre do Sul. Água direto da fonte

Mais uma fonte, da Índia. Água, malto e gelzinho para encarar um paredão

Depois da parede, a recompensa