

Dolorida e linda. Assim posso resumir a 3ª etapa da Copa Claro 100K, no Rio de Janeiro. Dolorida porque os tachões e paralelepípedos do percurso judiaram do corpo. E linda porque o clima estava perfeito e o visual da praia Recreio dos Bandeirantes é demais.
Acompanhei o pelotão por uns 20 quilômetros, cerca de ¾ da primeira volta. Foi quando sobrei um pouco e tive que pedalar sozinho contra o vento, que entrava em diagonal. Minha média, de cerca de 40 km/h, caiu para 33 km/h, fora o esforço. Naquela hora eu desanimei um pouco, pensando que iria sofrer prá burro para completar os quase 100 quilômetros.
Quando fiz o retorno na metade da segunda volta, vi que um pelotão grande vinha logo atrás de mim. Diminuí meu ritmo, esperei por ele e me enfiei. De cara, a média foi para 37 km/h e respirei aliviado. Fomos andando forte, muito gostoso, com vários revezamentos para puxar.
O pelote estava menor na última volta, com umas 10 pessoas. Como estava todo mundo moído, ninguém queria puxar. E como eu queria terminar bem, assumi a responsa e revezei com mais um cara. No fim, fiz a última curva em quarto ou quinto no pelote e partirmos para o sprint. Consegui chegar em segundo.
A prova foi puxada, apesar do relevo totalmente plano. Os tais tachões e paralelepípedos ajudaram a aumentar o cansaço. Também houve vários acidentes, um deles grave. O garfo da bike do cara quebrou e ele caiu de cara no chão. Foi removido desacordado. A Dani Genovesi, campeã do RAAM 2009, caiu e quebrou a clavícula.
Tem muita gente criticando, mas acho que isso faz parte do ciclismo, que é um esporte perigoso por natureza. Apesar de ter sido cansativa, eu curti a prova. Matei minha vontade de pedalar na Cidade Maravilhosa e ainda terminei bem colocado. Gostaria muito de participar da etapa de Brasília, mas vou estar de férias e “infelizmente” embarco para descansar na Bahia no mesmo dia.